Vamos Falar sobre o Câncer de Mama?
Última atualização em 17 outubro 2023 às 15h02
O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários.
O Que é Câncer de Mama?
Também conhecido como neoplasia, o câncer de mama é caracterizado pelo crescimento de células cancerígenas na mama. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o segundo tumor mais comum entre as mulheres, atrás apenas para o câncer de pele, e o primeiro em letalidade.
Apesar dos dados alarmantes, sua ocorrência é relativamente rara antes dos 35 anos e nem todo tumor é maligno – a maioria dos nódulos detectados na mama é benigna. Além disso, quando diagnosticado e tratado na fase inicial da doença, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%.
No entanto, na fase inicial da doença o tumor pode ser muito pequeno, podendo ter menos de um centímetro de tamanho, nesse caso, a doença só será detectada por um exame de imagem, como a mamografia. Por isso, é importante que a mulher vá ao ginecologista ao menos uma vez por ano e faça seus exames de rotina periodicamente.
A conscientização do câncer de mama e o investimento em novas pesquisas sobre o tema ajudaram a criar diversos avanços no diagnóstico e tratamento da doença. Hoje, o câncer de mama não é mais uma sentença – a taxa de cura é cada vez mais alta e a paciente pode levar sua rotina com qualidade de vida e bem-estar.
Os Tipos Mais Comuns
- Carcinoma ductal: é o tipo mais comum de câncer de mama, esse tumor se forma no revestimento de um dos ductos mamários, que carregam o leite materno dos lóbulos até o mamilo. Há dois tipos de carcinoma ductal: o carcinoma in situ, que permanece dentro dos ductos como um tumor não invasivo, e o carcinoma ductal invasivo, que pode espalhar-se para outras partes. Ambos os tipos têm a capacidade de desenvolver metástase, se não forem tratados corretamente;
- Carcinoma lobular: é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. Também apresenta dois tipos de tumores: o carcinoma lobular invasivo, desenvolvido nos lóbulos mamários, e o carcinoma lobular in situ, tradicionalmente é considerado um marcador de risco para desenvolvimento do câncer de mama, podendo ser um precursor não obrigatório do carcinoma invasivo.
- Tecidos conjuntivos: apesar de raro, em alguns casos o câncer de mama pode começar no tecido conjuntivo, que é composto de músculos, gordura e vasos sanguíneos. Esse tipo pode também ser conhecido como sarcoma, tumor ou angiossarcoma.
Os Tipos Menos Comuns
- Câncer de mama inflamatório: é um tipo raro de tumor diagnosticado na mama. Apresenta diferentes sintomas, prognósticos e tratamento distinto, pois, na maioria dos casos, seu diagnóstico é realizado de forma tardia;
- Doença de Paget: desenvolvido nos ductos mamários, esse tipo de câncer pode se disseminar para a pele do mamilo e região da aréola. Sua incidência é rara.
- Tumor filoide: extremamente raro, esse tipo é caracterizado pelo surgimento de nódulos duros de tecido em qualquer parte da mama;
- Angiossarcoma: é uma complicação rara do tratamento radioterápico, que raramente ocorre na mama – o desenvolvimento acontece nas células que revestem os vasos sanguíneos ou linfáticos;
- Câncer de mama no homem: mesmo com incidência baixíssima, o desenvolvimento do câncer de mama em homens também é possível.
Existem tipos ainda mais raros de câncer de mama, como o carcinoma medular, mucinoso e tubular e o tumor filoide maligno. Assim como, cada tipo de tumor possui particularidades e diferenças, o tratamento também não é universal – por isso, o médico especialista poderá recomendar a realização de diversos exames para entender cada caso e discutir com a paciente a melhor abordagem e tratamento da doença.
O câncer de mama pode se manifestar de diferentes formas. Por isso, conhecer os principais tipos ajuda a identificar seus sinais mais rapidamente e procurar ajuda médica, além de auxiliar na compreensão das opções de tratamento disponíveis.
Entenda o Estadiamento do Câncer de Mama
Após o diagnóstico positivo, é preciso entender em qual estágio o câncer está para iniciar o tratamento mais assertivo e eficaz. Hoje, temos diversas opções de terapias disponíveis no mercado, que se adequam a cada caso e estágio. Para determinar a fase da doença, o oncologista pode solicitar alguns exames complementares, como:
- Exames de sangue, como o hemograma completo;
- Ultrassom das mamas
- Mamograma
- Ressonância magnética;
- Varredura óssea;
- Tomografia computadorizada;
- Tomografia por emissão de pósitrons.
Os estágios do câncer de mama são classificados de 0 a 4, sendo o estágio 0 indicativo de um câncer não invasivo ou in situ e o estágio 4 a forma metastática da doença. Além disso, o estadiamento do câncer de mama também é influenciado pelo grau, presença de marcadores tumorais e fatores de proliferação. É importante que o paciente diagnosticado positivo entenda seu quadro clínico e tire todas as dúvidas com seu especialista. Dessa forma, o tratamento da doença poderá ser feito de forma clara e segura, com confiança e boa comunicação entre médico e paciente.
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!
O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.